segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018


A CONSTITUIÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA E SUAS IMPLICAÇÕES BIOPOLÍTICAS NA ATUALIDADE


Afinal, o que é ciência? O que diferencia a ciência do senso comum? Qual a relação entre ciência e teologia? Que contribuições a filosofia pode oferecer a ciência? Quais as condições de validade do conhecimento científico? Estas são algumas das questões que atravessam a civilização ocidental e seus esforços científicos de conhecimento da realidade. A ciência como conhecemos na atualidade é o resultado de esforços das ciências exatas, das ciências naturais e mais recentemente a partir de fins do século XVIII e XIX das ciências humanas em  conformar um método de investigação e análise do real que lhe ofereça consistência teoria, conceitual e empírica as teorias por ela elaboradas.

Ao observarmos atentamente a trajetória da civilização ocidental constatamos desde sua origem o impero racional aplicado ao conhecimento do Cosmos, do Mundo, da Natureza, do Humano. Este esforço de conhecimento fundado sobre a razão humana esta na gênese da ciência moderna. Ou seja, os gregos ao questionarem o real em seus fundamentos com intuito de torná-lo racional situam as bases modernas da ciência. É o ser humano assumindo o desafios de compreender por própria conta e risco o mundo em que se encontra inserido.
No período judaico-cristão (Idade Média) o rigor lógico, conceitual advindo da razão grega será colocado a serviço da fé. Tratava-se da razão corroborar as verdades reveladas pela fé. Mesmo considerando o fato de que razão foi submetida aos ditames do cristianismo, que se caracteriza por ser uma religião monoteísta, revelada e que professa um ato fé na criação que se releva no projeto de salvação a razão manteve sua condição fundamental pautada no rigor lógico de abordagem da mensagem divina. Ou seja, o rigor especulativo medieval somente foi possível em base aos pressupostos da razão inventada pelos gregos e, que assumiria sua forma secularizada na ciência moderna.
Os avanços da ciência modernas nos mais diversos campos do saber humano são inegáveis. Desmitificaram visões de mundo. Destituíram pressupostos de veracidade profundamente arraigados em diversas crenças. Transformaram o modo de vida dos seres humanos. Diminuiu o tempo e o espaço tornando o mundo uma aldeia global. Permitiu aos seres humanos alongar a vida e, por que não sonhar com a imortalidade.
Na atualidade parte significativa dos esforços da ciência situam-se em torno da  investigação da questão da vida e de sua (in) definibilidade na civilização ocidental como condição do uso político nas diversas configurações sociais, políticas e econômicas. Neste curso, o objetivo está voltado à investigação de  fundamentos ontológicos da ciência moderna, sua concepção de natureza e de tempo que se estabeleceram de forma hegemônica na modernidade a demarcar fronteiras definidoras da vida humana amparadas em premissas eminentemente físicas e biológicas, potencializando uma racionalidade administrativa articulada em pressupostos  técnico-científicos, justificados política e juridicamente nos mais diversos interesses e usos que se fazem da vida contemporânea, configurando os pressupostos biopolíticos nos quais estamos inseridos.

Objetivo geral:

Investigar os fundamentos ontológicos da ciência moderna, demarcando as fronteiras definidoras da vida humana a partir de pressupostos da física e da biológica, como forma de compreender a instauração de uma  racionalidade administrativa fundada em pressupostos técnico-científicos, justificados política e juridicamente nos mais diversos interesses e usos que se fazem da vida na contemporaneidade.

Objetivos específicos

1.   Compreender as diferenças entre o conhecimento científico, senso comum, teológico e filosófico.
2.   Analisar aspectos da trajetória da ciência a partir de sua origem com os Gregos Antigos.
3.   Verificar a importância da categoria de tempo na conformação das formas de conhecimento.
4.   Demonstrar os diversos momentos do método científico.
5.   Situar os desafios do debate científico contemporâneo em relação a vida.

Unidade de conteúdos

1.   Fundamentos ontológicos da ciência
2.   A concepção de tempo e sua importância na definição de ciência.
3.   A matemática e a física: referências da ciência moderna.
4.   A ciência moderna e as questões da vida.
5.   Ciência moderna e biopolítica.
6.   Considerações finais.

Textos complementares

1. Conhecimento científico e senso comum.
2. Recursos metodológicos básicos da ciência: duas atitudes
     perante a realidade.
3. O paradigma dominante.

INTITUTO VERITAS/INVICTO
Fone: 3383-0440






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