Afinal, o que é
ciência? O que diferencia a ciência do senso comum? Qual a relação entre
ciência e teologia? Que contribuições a filosofia pode oferecer a ciência?
Quais as condições de validade do conhecimento científico? Estas são algumas
das questões que atravessam a civilização ocidental e seus esforços científicos
de conhecimento da realidade. A ciência como conhecemos na atualidade é o
resultado de esforços das ciências exatas, das ciências naturais e mais
recentemente a partir de fins do século XVIII e XIX das ciências humanas
em conformar um método de investigação e
análise do real que lhe ofereça consistência teoria, conceitual e empírica as
teorias por ela elaboradas.
Ao observarmos
atentamente a trajetória da civilização ocidental constatamos desde sua origem
o impero racional aplicado ao conhecimento do Cosmos, do Mundo, da Natureza, do Humano. Este esforço de
conhecimento fundado sobre a razão humana esta na gênese da ciência moderna. Ou
seja, os gregos ao questionarem o real em seus fundamentos com intuito de
torná-lo racional situam as bases modernas da ciência. É o ser humano assumindo
o desafios de compreender por própria conta e risco o mundo em que se encontra
inserido.
No
período judaico-cristão (Idade Média) o rigor lógico, conceitual advindo da
razão grega será colocado a serviço da fé. Tratava-se da razão corroborar as
verdades reveladas pela fé. Mesmo considerando o fato de que razão foi
submetida aos ditames do cristianismo, que se caracteriza por ser uma religião
monoteísta, revelada e que professa um ato fé na criação que se releva no
projeto de salvação a razão manteve sua condição fundamental pautada no rigor
lógico de abordagem da mensagem divina. Ou seja, o rigor especulativo medieval
somente foi possível em base aos pressupostos da razão inventada pelos gregos
e, que assumiria sua forma secularizada na ciência moderna.
Os avanços da ciência
modernas nos mais diversos campos do saber humano são inegáveis. Desmitificaram
visões de mundo. Destituíram pressupostos de veracidade profundamente
arraigados em diversas crenças. Transformaram o modo de vida dos seres humanos.
Diminuiu o tempo e o espaço tornando o mundo uma aldeia global. Permitiu aos
seres humanos alongar a vida e, por que não sonhar com a imortalidade.
Na atualidade parte
significativa dos esforços da ciência situam-se em torno da investigação da questão da vida e de sua (in)
definibilidade na civilização ocidental como condição do uso político nas
diversas configurações sociais, políticas e econômicas. Neste curso, o objetivo
está voltado à investigação de fundamentos
ontológicos da ciência moderna, sua concepção de natureza e de tempo que se
estabeleceram de forma hegemônica na modernidade a demarcar fronteiras
definidoras da vida humana amparadas em premissas eminentemente físicas e
biológicas, potencializando uma racionalidade administrativa articulada em
pressupostos técnico-científicos,
justificados política e juridicamente nos mais diversos interesses e usos que
se fazem da vida contemporânea, configurando os pressupostos biopolíticos nos
quais estamos inseridos.
Objetivo
geral:
Investigar os fundamentos ontológicos da
ciência moderna, demarcando as fronteiras definidoras da vida humana a partir
de pressupostos da física e da biológica, como forma de compreender a
instauração de uma racionalidade
administrativa fundada em pressupostos técnico-científicos, justificados
política e juridicamente nos mais diversos interesses e usos que se fazem da
vida na contemporaneidade.
Objetivos
específicos
1. Compreender
as diferenças entre o conhecimento científico, senso comum, teológico e
filosófico.
2. Analisar
aspectos da trajetória da ciência a partir de sua origem com os Gregos Antigos.
3. Verificar
a importância da categoria de tempo na conformação das formas de conhecimento.
4. Demonstrar
os diversos momentos do método científico.
5. Situar
os desafios do debate científico contemporâneo em relação a vida.
Unidade de conteúdos
1. Fundamentos
ontológicos da ciência
2. A concepção de tempo
e sua importância na definição de ciência.
3. A matemática e a
física: referências da ciência moderna.
4. A ciência moderna e
as questões da vida.
5.
Ciência
moderna e biopolítica.
6. Considerações finais.
Textos complementares
1. Conhecimento científico e
senso comum.
2. Recursos
metodológicos básicos da ciência: duas atitudes
perante a realidade.
3. O
paradigma dominante.
INTITUTO
VERITAS/INVICTO
Site: www.institutoveritas.net
Fone: 3383-0440

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