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quinta-feira, 19 de maio de 2016

ROBERTO DAMATTA: “NO BRASIL É A SOCIEDADE QUE SERVE AO ESTADO E NÃO O OPOSTO”


ROBERTO DAMATTA: “NO BRASIL É A SOCIEDADE QUE SERVE AO ESTADO E NÃO O OPOSTO”
O antropólogo Roberto Da Matta critica a política e analisa o que faz o país ser visto com bons olhos no exterior

Roberto Da Matta (Niterói, 1936), um dos principais antropólogos brasileiros, analisa o momento pelo qual o país atravessa neste ano eleitoral. O autor de, entre outras obras fundamentais, O que é o Brasil?, A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil ou A bola corre mais que os homens: duas Copas. Todos livros nos quais interpretou os quês e os comos do Brasil. Da Matta afirma que o gigante sul-americano, em uma encruzilhada econômica, social e política, tem “um partido no poder que prometia um governo honesto e avançado que tem feito justo o oposto”. Por razões de saúde, Da Matta respondeu por email às perguntas do EL PAÍS.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

COMO SERÁ UM GOVERNO TEMER?



COMO SERÁ UM GOVERNO TEMER?


Já pensou como será o dia seguinte ao afastamento de Dilma – se ele realmente chegar? Michel Temer já. Ele e seu partido, o PMDB, até prepararam o plano de governo “Uma Ponte Para o Futuro”, lançado em outubro de 2015. “Hoje os programas tendem a se eternizar, mesmo quando há uma mudança completa das condições. De qualquer modo, o Congresso será sempre soberano e dará a palavra final sobre a continuação ou fim de cada programa ou projeto”, diz o texto.

terça-feira, 17 de maio de 2016

THOMAS PIKETTY: "NÃO DISCUTIR IMPOSTOS SOBRE RIQUEZA NO BRASIL É LOUCURA"



THOMAS PIKETTY: "NÃO DISCUTIR IMPOSTOS SOBRE RIQUEZA NO BRASIL É LOUCURA"

No Brasil, a simples menção a um aumento nos impostos é garantia de turbulência para o governo. No caso do tributo sobre grandes fortunas, previsto na Constituição Federal e jamais aplicado, o tema só foi lembrado nas eleições deste ano por partidos de esquerda como PSOL e PSTU. Durante a campanha, Dilma Rousseff nem ousou pisar no terreno espinhoso. Nos países desenvolvidos, cujas fortunas chegam a superar em seis vezes a renda nacional, a criação de taxas para limitar os ganhos de capital já começou. Em 2012, a França aprovou uma alíquota de 75% sobre as maiores riquezas do país.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ROBERTO DAMATTA: “TESTEMUNHAMOS UMA DRAMÁTICA RELEITURA DO BRASIL COMO PAÍS”


ROBERTO DA MATTA: “TESTEMUNHAMOS UMA DRAMÁTICA RELEITURA DO BRASIL COMO PAÍS”

Somos empolgados pela mudança mas, como revelou Freud, ela precisa da coragem para dialogar com demônios. O progresso decreta respeito, senão ele se desmancha na primeira ressaca, como as nossas ciclovias.

terça-feira, 28 de julho de 2015


REFLEXÕES SOBRE OS SEIS PRIMEIROS MESES DE 2015.
O QUE NOS TORNA DIFERENTES DOS POVOS DESENVOLVIDOS?


Como explicar as diferenças entre a sociedade brasileira e sociedades desenvolvidos como a sociedade norte-americana, canadense, inglesa, alemã, italiana, francesa, entre outras que lideram nos últimos séculos o ocidente? O que nos torna tão diferentes civilizatoriamente? Por que diante de crises econômicas e políticas como estamos vivenciando, nos deparamos com um distanciamento entre a sociedade brasileira e os poderes constitutivos do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário?

segunda-feira, 13 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS PRIMEIROS 180 DIAS DE 2015 (X): A BUSCA POR SEGURANÇA EM DETRIMENTO DA LIBERDADE.


REFLEXÕES SOBRE OS PRIMEIROS 180 DIAS DE 2015 (X): A BUSCA POR SEGURANÇA EM DETRIMENTO DA LIBERDADE.

Numa perspectiva nietzschiana vida é vontade de poder, de intenso jogo de forças em constante combate como forma de manutenção da existência. Sob tal perspectiva, viver implica na capacidade calcular relações com intuito de otimização das forças que podem potencializar a vida. A proposta que Nietzsche nos apresenta

terça-feira, 7 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS PRIMEIROS 180 DIAS DE 2015 (IX): “A democracia como técnica de governo”



REFLEXÕES SOBRE OS PRIMEIROS 180 DIAS DE 2015 (IX):
 “A democracia como técnica de governo”

A questão paradoxal que se quer colocar em debate nas linhas que seguem é o fato de se apresentar um discurso consensual sobre o que é democracia na atualidade, mesmo que esta pretensão se apresente de forma difusa, ou reducionista como reconhecimento da garantia de direitos individuais e sociais.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

REFLEXÕES DOS 100 PRIMEIROS DIAS 2015 (VIII) O esgotamento do ciclo político


REFLEXÕES DOS 100 PRIMEIROS DIAS 2015 (VIII)
O esgotamento do ciclo político


As leis da natureza são invariáveis em sua dinâmica cíclica. Todos os seres que vem à existência necessariamente estão submetidos ao movimento de crescimento e declínio.  As sociedades humanas participam do mesmo princípio. Mesmo em suas especificidades antropológicas, políticas, econômicas, sociais e, culturais estão submetidas ao sempiterno movimento cíclico natural de nascimento, crescimento e declínio. Neste argumento se apresenta em toda sua contundência a tensão entre o conceito de natureza humana e, de condição humana. Ou seja, admitir tacitamente o argumento natural cíclico é tomar como referência o fato essencial de que os seres humanos são determinados em sua condição última pela natureza, o que limita as condições de possibilidade do agir humano.

terça-feira, 23 de junho de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMERIOS DIAS DE 2015 (VII) “Do quando a política passa a ser concebida como gestão”


REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMERIOS DIAS DE 2015 (VII) “Do quando a política passa a ser concebida como gestão”

A palavra economia tem sua origem, ou deriva (etimologia) do grego antigo oikonomia. Oikos = casa, Nomia = leis, regras, normas. Assim, a Oikonomia dizia respeito ao conjunto de relações que se estabeleciam no âmbito da casa, entre senhores e escravos, entre conjugues, entre pais e filhos, em vista das relações de produção, de manutenção e sobrevivência da vida. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (VI) Estratégias do governo Lula, ou do fato de que nem tudo se explica pela “crise” política e econômica.


REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (VI)
Estratégias do governo Lula, ou do fato de que nem tudo se explica pela “crise” política e econômica.

O desafio que se enfrenta ao procurar compreender o tempo presente em curso é comparável a sempiterna tarefa de Sísifo, condenado pelos deuses do Olimpo a rolar uma pedra até o cimo de um monte. Alcançado sofrivelmente o objetivo, a pedra lhe escapa das mãos retornando encosta abaixo ao seu leito de origem, exigindo-lhe o reinício da tarefa.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (IV): “É preciso fazer o dever de casa”

(Tarsila do Amaral. Obra: Operários)

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (IV):  “É preciso fazer o dever de casa”

A década de 80 do século XX foi marcada por intensidades na vida política e econômica nacional.  Economistas e analistas das mais diversas áreas cunharam a frase de efeito: “A década perdida”, como forma de retratar as instabilidades políticas que caracterizaram aquele decênio e, que se refletiram implacavelmente na dinâmica da economia brasileira, comprometendo esforços e iniciativas de constituição de uma racionalidade social e econômica, necessárias a inserção do Brasil no contexto de globalização que se intensificaria nos anos 90. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (II) DE ÁRVORES E FLORESTAS


Reflexões sobre os 100 primeiros dias de 2015 (II)
De árvores e florestas

   Localizar-se em meio a uma floresta quando se está perdido não é tarefa que se possa realizar de forma afoita. Ao observar excessivamente as árvores perde-se a compreensão da floresta em sua variedade de espécies e, em sua disposição topográfica. Ao observar apenas a floresta

terça-feira, 5 de maio de 2015

REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (I)




REFLEXÕES SOBRE OS 100 PRIMEIROS DIAS DE 2015 (I)

Iniciamos 2015 como se tivéssemos acordado de ressaca. Tudo transcorre como se após os eflúvios inebriantes da festa que participamos ao longo da primeira década do século XXI, acordássemos e nos déssemos conta de que estava tudo errado. Pior, despertamos com a sensação de que fomos enganados. Nos demos conta de que estamos num beco sem saída. Estamos imersos numa crise que arrasta nossos “sonhos”, nossas possibilidades de continuar participando de uma sociedade de plena produção e de pleno consumo.