quinta-feira, 22 de março de 2018

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Definitivamente o mundo está integrado em tempo real e virtual diuturnamente. As barreiras do tempo e do espaço foram vencidas pelo avanço científico e tecnológico. Navios e submarinos com propulsão atômica singram os mares em questões de dias, carregando milhares de toneladas de produtos e equipamentos de um lado para o outro do mundo. Navios de cruzeiros marítimos em rotas ao entorno do mundo, podem levar numa viagem 5, 6, 7 mil ou mais turistas, consumidores, que adentram em contato com as mais diversas culturas.

As redes de satélites de comunicação, de investigação científica, ou até mesmo de espionagem industrial, ou militar apontados para os diversos cantos da terra nos inserem num mundo controlado, vigiado, mas ao mesmo tempo democrático em relação ao acesso de parte das informações captadas, geradas cotidianamente por todo este aparato comunicacional. Mas, acrescente-se à todos estes avanços a Internet. A invenção, o desenvolvimento e a popularização da Internet talvez possam ser apontados como o marco do final do século XX e, sobretudo destas primeiras décadas do século XXI.
O mundo, a sociedades, os indivíduos operam por redes comunicacionais operacionalizadas pela rede mundial de computadores. Estamos numa sociedade em rede (Manuel Castells). Seguramente a internet contribui para a alteração das nossas noções de espaço e tempo na medida em que nos coloca quase que instantaneamente em contato com as mais diferentes realidades. Um número quase que inimaginável de sites, de páginas, de blogs estão presentes na Internet.
Através de sites de procura consegue-se encontrar praticamente qualquer informação, em relação a qualquer especificidade que se pretenda ter acesso. Um universo de possibilidades de conhecimento a disposição de um usuário de internet operando seu computador pessoal. Em meio a toda esta imensidão de ofertas de informação e conhecimento, há a possibilidade de acesso há conhecimentos que merecematenção por apresentar conteúdos inapropriados, com tendência xenófoba, homicida, entre outras ações assemelhadas. Nossa visão de mundo foi definitivamente alterada com o acesso irrestrito e ilimitado à Internet. Mitos foram dessacralizados.
Talvez poucas são as informações "secretas". Mesmo que as informações "secretas" correm risco eminente de se tornarem públicas, seja pela ação de hackers, seja pelo vazamento de informações advindos de dentro de corporações e órgãos de controle, vigilância, espionagem. Porém, em sentido diametralmente oposto boatos, informações distorcidas, apelativas varrem a rede mundial de computadores em instantes.
Ações solidárias em relação a certos acontecimentos, catástrofes localizadas são mobilizadas pelos mais diferentes grupos e povos, bem como ações violentas, atentados terroristas e, outras formas de violências são desencadeadas através de códigos, de vídeos, ou textos que correm na Internet. Indivíduos propõe e divulgam campanhas as mais diversas pelas redes sociais, que em questão de segundos atingem milhões de usuários destas redes nos mais diversos confins do planeta. Parafraseando o filósofo esloveno Slavoj Zizek a partir de sua obra intitulada: "Bem Vindos ao Deserto do Real", podemos dizer:. "Bem Vindos ao Deserto Real/Virtual. Entre outros efeitos, alguns já anunciados nas linhas acima talvez se possam afirmar que a par de toda a democratização informacional promovida pela Internet, por outro lado vivemos uma espécie de insulamento tecnológico.
Ou seja, cada vez mais as pessoas vivem uma espécie de isolamento tecnológico. Talvez estejamos diante do paradoxo das condições técnicas de plena comunicação virtual, ao mesmo tempo que experimentamos uma profunda solidão. Indivíduos passam horas ensimesmados diante de seus computadores conectados a Internet navegando em páginas, blogs, redes sociais, lendo e-mails... Talvez se possa afirmar que conectar-se a rede mundial de computadores confere aos indivíduos a percepção/sensação de estar integrado ao mundo, de acompanhar as mudanças que estão ocorrendo, de manter-se diuturnamente "atualizado" aos fatos, aos acontecimentos que ocorrem.
Autores falam na constituição de ágoras virtuais, espaços públicos virtuais apartir dos quais os cidadãos/indivíduos mantêm-se informados e vigilantes em torno de questões de interesse privado e público. Porém, talvez o que se constata é a instalação nas sociedades individualizadas contemporâneas da necessidade do consumo cotidiano, efêmero, irreflexivo e, quantitativo de informações. Assim, estamos diante de mais um paradoxo advindo da sociedade planetária interconectada e on-line diuturnamente e de forma ininterrupta, presente na dificuldade de estabelecer as fronteiras, os limites, entre informação e conhecimento.
A distinção entre informação e conhecimento não se apresenta como um mero preciosismo intelectual, mas exige que nos defrontemos com o rigor que o conhecimento exige para sua apreensão. Assim, talvez se partirmos do pressuposto de que estamos inseridos numa sociedade global de plena produção e de pleno consumo, a informação também se apresenta como uma mercadoria à ser acessada, comprada, consumida e descartada cotidianamente. Desta forma, pode-se reconhecer algumas características que conformam o produto da informação no atual contexto societário:
a) Produto diariamente produzido e veiculado instantaneamente à milhões de consumidores mundo afora.
b) Produto produzido com prazo de validade instantâneo, ou de duração máximo de alguns dias.
c) Por decorrência da condição acima anunciada, produto caracterizado pela efemeridade, para consumo imediato.
d) Produto desprovido de investimento de tempo em sua análise e/ou interpretação.
e) Produto de ordem quantitativa em detrimento de aspectos qualitativos.
f) Produto desenvolvido com linguagem específica, marcada pela simplicidade e objetividade do estilo. Comunicando de forma atraente o a fato, o acontecimento.
g) Produto que valoriza e potencializa a forma necessária a sua assimilação e consumo instantâneo.
h) Produto cuja forma explora aspectos apelativos do acontecimento em questão, sobrevalorizando detalhes, as vezes grotescos violentos, senão trágicos.
i) Produto que pela sua facilidade de consumo instantâneo infunde no consumidor o desejo e a necessidade de mais informações.
j) Produto distribuído com a falaciosa promessa de "conhecimento da realidade", ou de redução da realidade as formas informativas em questão.
k) Produto que abastece a opinião pública apressada em seus juízos de valor sobre fatos e acontecimentos individuais e societários.
l) Produto que transmite aos indivíduos a ideia de que o conhecimento pode ser comprado, consumido, senão renovado diariamente.
m) Produto que difunde a ideia de que o conhecimento tem que ser prático, aplicável, utilitário e pragmático na resolução das questões do dia-a-dia e, que pesquisa e formas de conhecimento que não tenham estas prerrogativas seriam inúteis.
Estamos num mundo marcado pela intensa e ininterrupta produção de informações. Basta entrar numa banca de jornais e revistas e imediatamente nos depararemos com centenas de títulos e manchetes. Se por um lado reconhecemos que toda esta fartura de informações diariamente disponível aos leitores tem seu custo cognitivo. Por outro sentido, não podemos desconsiderar que a profusão de informações cotidianas é o resultado de uma sociedade globalizada, mundializada e, sobretudo complexificada em seu conjunto de relações e exigências.
A intensa circulação de informações em meios especializados potencializa descobertas científicas, inovações tecnológicas que incidem sobre a produção e a distribuição dos bens e serviços produzidos pela sociedade contemporânea. Nesta direção, é lucido considerar que a circulação de informações entre cientistas e pesquisadores contribui de forma significativa para avanços nos mais diversos campos do conhecimento humano. Na mesma perspectiva, no mundo empresarial e, sob a égide da economia financeira, dispor de informações, sejam elas de ordem jurídica, política, social, cultural, climática tornou-se imprescindível para a tomada de decisões sobre produtividade e, rentabilidade de investimentos.Sob tais pressupostos, convém relacionar o processo ensino aprendizagem às novas tecnologias.
Esta relação é indispensável nos tempos hodiernos, pois é constante o contato dos discentes com tais formas de interação social, ou seja, a visão de mundo da maioria dos alunos é determinada pelas tecnologias que estão à sua disposição. Desta forma, parece ser indispensável o acesso dos estudantes a estas tecnologias na relação ensino aprendizagem. O texto de Emerson Evandro Martins Moraes faz uma análise da escola do século XXI e relaciona esta com as redes sociais e o processo educacional. Segue o artigo científico completo para reflexão, pois fundamenta a discussão que se pretende estabelecer neste curso, sendo um texto de referência para tal de um autor especialista na área.

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