O relatório Research
in Brazil, disponibilizado
pela Clarivate Analytics à
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e
divulgado no último dia 17 de janeiro, mostra que as universidades particulares
não produzem absolutamente nada de conhecimento relevante no Brasil.
A
produção científica no país é dependente exclusivamente das universidades
públicas. Recente relatório do Banco Mundial não levou em conta essa produção.
A destruição das universidades públicas no Brasil, como está acontecendo com a
UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), pode ser a destruição de todo
o conhecimento científico que o país produz.
O
relatório traz também um ranking das universidades públicas que mais produzem
conhecimento científico relevante. A Unicamp ficou em terceiro lugar, atrás
apenas da USP e da Unesp. A UERJ, por sinal, é a décima universidade que
mais produz conhecimento científico. (Veja quadro.) A preocupação com o
investimento e qualidade da pesquisa foi relatada notícia e em boletim da
ADunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp), em Campinas.
Um
outro fator relevante é que os grandes empresários brasileiros não investem em
pesquisa. Nas parcerias de pesquisa com empresas, a única grande empresa que
investe de forma relevante em desenvolvimento tecnológico no Brasil é uma
estatal, a Petrobras. Exceto o setor farmacêutico, que é o único setor apontado
com investimento em ciência e tecnologia, a iniciativa privada no Brasil não
produz conhecimento.
O
documento traz o desempenho da pesquisa brasileira em um contexto global entre
os anos 2011 e 2016. Os dados foram obtidos do InCites, plataforma baseada nos
documentos (artigos, trabalhos de eventos, livros, patentes, sites e estruturas
químicas, compostos e reações) indexados na base de dados multidisciplinar Web of Science – editada pela Clarivate
Analytics (anteriormente produzida pela Thomson Reuters).
O
relatório mostra que as as universidades públicas produzem artigos científicos
altamente citados e alcançou boas taxas entre 1% dos papers mais citados do
mundo. Os critérios analisados foram: a quantidade de documentos produzidos,
o impacto da citação, artigos no top 1% e 10% dos mais citados do mundo,
colaboração com a indústria e colaborações internacionais.
O
número de citações que uma publicação de pesquisa recebe reflete o impacto que
teve em pesquisas posteriores. As publicações científicas citam documentos
anteriores para validar uma contribuição intelectual. Portanto, pode-se dizer
que uma publicação (ou uma coleção de publicações) com uma contagem de citações
mais elevada teve um impacto maior no campo de conhecimento ao qual se
relacionou. (Carta Campinas com informações de divulgação).
Fonte: http://cartacampinas.com.br/2018/01/xrelatorio-internacional-mostra-que-universidade-particular-no-brasil-nao-produzem-conhecimento/
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